8 de janeiro de 2013
Trabalhando com pesquisa, vivemos cercados por inovação.
São novas técnicas, novas metodologias, novas tecnologias, novas abordagens… que se incorporam àquelas que já usamos e já conhecemos bem. Conceitos consolidados e práticas reconhecidamente eficazes se entrelaçam com novas formas de pensar e de fazer pesquisa, numa convivência nem sempre “pacífica”.
Isso porque tudo o que é novo, ao mesmo tempo que traz o impacto da sua natureza de novidade – e por isso mesmo, um potencial de aprimoramento de processos e resultados que é sempre interessante – traz também muito questionamento.
Entendemos que a inovação é mais do que um fim – tem que ser uma práxis, incorporada não apenas em produtos ou serviços, mas no jeito como pensamos continuamente nosso negócio de pesquisa em si. E com isso, vem uma grande carga de responsabilidade.
Ao incorporar toda a ideia de inovação, temos aqui que lidar cotidianamente com aqueles questionamentos e equilibrar um cardápio de produtos e serviços de ponta com um modelo de atendimento que traga satisfação, segurança, tranquilidade para cada projeto, cada cliente. O desconhecido e a inovação caminham muito próximos, e se isso pode significar riscos, é parte fundamental do nosso trabalho avalia-los e expor essa avaliação com clareza.
Em outras palavras, não se trata de evitar o que é novo e abraçar apenas fórmulas consagradas – muito pelo contrário! Trata-se de entender o inesperado. Riscos sim – já que o novo, o desconhecido, traz consigo o inesperado. Mas riscos calculados. Isso é inovar com inteligência.
Um tópico interessante para ilustrar isso tudo é o tema da pesquisa online.
Hoje, ferramentas e plataformas se combinam às pessoas e criam um contexto de vida online cada vez mais próxima e entrelaçada à vida offline, e caminhamos para um cenário em que essa diferenciação vai mais e mais deixando de fazer sentido. E nesse cenário, a pesquisa online ganha espaço como ferramenta que traz inúmeras vantagens – como custo, operacional, abrangência, tempo.
Traz também uma certa polêmica. Quando falamos por exemplo de paineis online, materializados como um grupo significativo de pessoas cadastradas em uma plataforma online voltada à realização de pesquisas, estimuladas por uma contrapartida, os questionamentos se traduzem em alguns pontos chave:
– os cadastrados se dispõem a responder às pesquisas visando à contrapartida. Até que ponto sua performance como respondentes é confiável? Será que eles não estão respondendo “de qualquer jeito”, apenas por causa do prêmio ou benefício oferecido?
– como trata-se de um grupo de pessoas cadastradas – uma espécie de “universo restrito” – respondendo a múltiplas pesquisas, será que esse grupo não ficaria “treinado” a responder pesquisas, o que poderia causar algum tipo de distorção em comparação à seleção aleatória de uma amostra fora desse grupo cadastrado?
– E no Brasil, será que a “vida online” está tão disseminada a ponto de uma amostra pesquisada exclusivamente online oferecer os mesmos resultados de uma pesquisa feita nos moldes tradicionais? Não seriam as plataformas online algo mais voltado ao jovem, ao maior poder aquisitivo, aos grandes centros urbanos, por exemplo – o que por si só já implicaria em limitações de público?
Alguns desses questionamentos se referem a certos paradigmas que vêm caindo, e isso é fácil de observar com dados. O Brasil digital por exemplo, não é apenas jovem, ou rico, ou urbano. São cerca de 50 milhões de internautas ativos (acessaram a rede pelo menos uma vez no último mês), que passam em média 60 horas por mês contectados. 11,3% estão na faixa entre 18 e 24 anos, mas há 53,4% entre 25 e 50 e 14% com mais de 50 anos de idade. Além disso, cerca de um terço da população brasileira usa as redes sociais.[Fontes: Ibope Nielsen Online, ComScore e Instituto Data Popular).
Se estes números tranquilizam e abrem as perspectivas da pesquisa online em termos da abrangência da amostragem, os fatores relacionados à qualidade dos resultados e confiabilidade das respostas pedem uma análise mais aprofundada.
E aí volto à questão da responsabilidade que assumimos ao adotar ferramentas e procedimentos inovadores. Aquele equilíbrio, entre o que há de novo e moderno e a segurança nos projetos que oferecemos, passa justamente por esse cuidado. Assim, aqui na Expertise buscamos formas de entender a fundo todos os aspectos que podem decorrer dessas ferramentas e procedimentos.
Por exemplo, no caso da pesquisa online, contamos com estudos completos, realizados em parceria com diversas empresas. A nossa equipe de análise aponta alguns fatos interessantes, observados através da comparação entre a pesquisa em plataforma online e a pesquisa tradicional – um processo de verificação empírica, com um grupo de controle. Resultados extremamente semelhantes apontam para um grau de confiabilidade compatível com os altos padrões que exigimos nos nossos produtos e serviços.
Foi a partir daí – do conhecimento que compreende e referenda a prática – que a pesquisa através de painéis online se tornou parte das nossas ferramentas. E tem diferenciais importantes com relação a painéis online internacionais: o conhecimento das especificidades brasileiras; a capacidade de regionalização; o potencial de capilaridade das amostras, nesse país tão extenso, populoso e diverso. Ou seja, resultados válidos, relevantes e confiáveis sobre o nosso mercado.
Se quiser saber mais sobre os recursos de pesquisa online que adotamos, conheça o Heap Up.
