Pesquisa Crises
Seja nas redes sociais, nos noticiários, nas conversas de bares ou nos almoços de família, um dos temas mais recorrentes deste ano foi a crise – ou as crises. O #brasilsemfiltro quis saber como os internautas estão avaliando o momento que o país está vivendo e realizou uma pesquisa com 1.477 internautas de todas as classes sociais de 408 cidades de norte ao sul do país. Os resultados são alarmantes: 72% acreditam que o país piorou nos últimos 10 anos, 63% não acreditam que o país vai melhorar nos próximos 10 anos e apenas 29% acham que o Brasil é um bom lugar para se viver.
As crises
Crise política, crise econômica, crise de recursos naturais (água e energia), crise ética e moral e crise social. Diante dessas cinco possíveis crises, os entrevistados foram questionados quais eles consideravam graves, leves e quais não existiam. Em cada uma delas, menos de 5% afirmaram que a crise não existia. 89% consideraram a crise política grave e 86% afirmaram que a crise econômica é grave.
Em relação à solução das crises, os brasileiros não estão muito otimistas. 37% acham que a crise política nunca terá uma solução e 34% pensam o mesmo sobre a crise moral e ética.
Os sentimentos da população
Foi apresentada uma lista com nove adjetivos, sendo quatro positivos, quatro negativos e um neutro. Os entrevistados precisavam selecionar aquele que melhor descrevesse a sensação de cada um com o momento atual do país.
33% estão preocupados, 22% estão decepcionados e 21% estão revoltados. Apenas 8% estão esperançosos, 6% estão confiantes e 2% estão despreocupados.
Economia
A crise econômica é a que mais chama a atenção da população. 44% afirmaram que esta é a crise mais grave de todas e 60% disseram que ela já afetou muito a sua vida.
Como as principais medidas para equilibrar o orçamento, 66% das pessoas afirmaram ter mudado os locais onde realizam suas compras em busca de promoções ou melhores preços; 59% admitiram ter deixado de consumir determinados produtos e serviços para reduzir as despesas; 57% efetuaram troca de marcas por outras similares; 55% optaram por fazer cortes no orçamento pessoal/familiar; 44% adiaram a compra de um bem de valor que estava programado; 37% buscaram uma fonte de renda adicional; 35% cancelaram planos de viagens e 31% renegociaram valores de serviços como internet, telefonia, aluguel e serviços domésticos. Além disso, 37% buscaram uma fonte de renda adicional. Apenas 4% dos entrevistados não tomaram nenhuma medida para equilibrar o orçamento e 6% mencionaram ter adotado outros comportamentos.
Política
23% acreditam que a crise política é a crise mais grave. Entre os principais motivos para o país estar nessa situação, 59% apontaram a corrupção, 21% afirmaram que é má gestão e 10% responderam impunidade. Além disso, 59% não acreditam que os políticos que estão no poder têm capacidade de resolver a crise política.
Criando uma situação hipotética, em que fosse possível trocar todos os políticos que estão hoje no poder, 75% dos entrevistados entendem que, mesmo assim, a crise política não se resolveria, sendo que 41% acham que não resolveria pois o problema não está nas pessoas, mas no sistema político brasileiro como um todo. Por outro lado, 25% acham que, se essa situação fosse possível, a crise política estaria resolvida.
O que fazer?
A pesquisa quis entender também como a população imagina que pode contribuir para ajudar o país a enfrentar as diferentes crises que estamos vivendo. 69% dos respondentes entendem que isso será possível por meio do voto consciente e 35% acreditam que contribuir com informações e discussões em fóruns e redes sociais é um bom caminho. 25% pretendem convocar ou participar de manifestações e 23% querem acompanhar e se comunicar ativamente com os políticos eleitos. 5% das pessoas, no entanto, não pretendem fazer nada.
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