Crianças conectadas
Lembra-se quando as crianças brincavam de esconde-esconde, cantavam cantigas de roda e subiam em árvores? Devido ao crescimento das grandes cidades, à rotina de trabalho dos pais, ao aumento da violência e ao avanço da tecnologia, as brincadeiras de crianças mudaram bastante.
Um estudo recente feito pela AVG Technologies revela que 97% das crianças de 6 a 9 anos já utilizaram a web no Brasil e 54% já têm perfil próprio no Facebook – mesmo a idade mínima permitida para se cadastrar na rede ser de 13 anos.
A empresa de cibersegurança AVG realizou 5.423 entrevistas online com pais de nove países. No Brasil, seiscentas mães ou pais participaram do estudo, que revelou também que 94% das mães brasileiras que usam redes sociais já publicaram foto do filho de 5 anos ou menos.
Além disso, 81% das crianças de até dois anos já têm alguma postagem a seu respeito nas redes sociais. O dado é preocupante, pois quanto mais cedo acontece a exposição, maior a probabilidade dos riscos de segurança, acesso a conteúdos impróprios e até mesmo prejuízos financeiros acontecerem.
Tony Anscombe, evangelizador de segurança da AVG Technologies, lançou um e-book “Proteja nossas Crianças e Jovens”, e defende: “Eu não acredito no bloqueio de conteúdo, acredito na educação e conversa com o jovem”, afirma. “Se você tem algum tipo de bloqueio, [o jovem] vai acessar com outra pessoa ou em outro lugar”.
Um estudo feito pela Expertise em outubro do ano passado revelou que 43% das crianças passam de 4 a 6 horas conectadas, sendo que das atividades realizadas, 44% são nas redes sociais. Além disso, na hora de buscar informações, as crianças utilizam mais o Facebook (43%) e o Google (42%) do que os familiares (38%).
A internet é um excelente meio de comunicação e conhecimento, mas é preciso atenção e cuidados para usá-la, precisamente quando se trata de crianças. Todo tipo de conteúdo está exposto na rede, por isso é necessário que os pais estejam atentos e preparados para orientar os filhos. Até porque, depois de ficar online, ninguém quer voltar para o offline.
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