De geração em geração
O mundo está sempre em constante transformação e, com ele, a sociedade também transforma o seu modo de pensar, agir e enfrentar as mudanças. Grandes acontecimentos, invenções ou movimentos pautam o comportamento de cada geração.
Assim, o período do pós-guerra, que foi marcado pela explosão populacional em diferentes países, trouxe ao mundo os baby boomers. Em seguida veio a geração X, que mudou o modo conservador dos seus antecedentes, se rebelou e implantou novas modas, como o punk e a psicodelia. Essa geração viveu a Guerra Fria, viu a queda do Muro de Berlim, o surgimento da Aids e as ditaduras de diferentes países.
Crescer em um mundo de tanta instabilidade não foi fácil. Por isso, ao formar suas famílias, a geração X quis proteger, oferecer segurança e todas as oportunidades possíveis aos seus filhos, que enfim puderam ser criados em um período de prosperidade econômica e estabilidade política. Assim surge a geração Y, para quem tudo é possível. Desde cedo, essas crianças tinham diferentes atividades e sempre souberam se valorizar e correr atrás dos seus objetivos.
Essa geração mudou o mercado de trabalho. Os chefes não são mais os donos da razão, e hoje, uma ideia de um recém-contratado pode se transformar em algo inovador e genial. As relações são horizontais e mais igualitárias, e anos de experiência já não são necessariamente garantia dos melhores salários. A tecnologia contribui para o conhecimento dessa geração, que acompanhou o crescimento da internet e a utiliza para tudo.
E por falar na internet, foi seu avanço desenfreado que determinou as principais características da geração seguinte. A geração Z já nasceu plugada: Compartilhar é essencial, consumir faz parte e estar conectado é normal. Em um período em que a mídia se tornou invasiva e a privacidade, nula, utilizar simultaneamente diferentes dispositivos é fácil.
Agora, estamos vivenciando o surgimento de uma nova era: a geração C. Dan Pankraz, diretor de planejamento e estratégias para o público jovem da DDB Sydney, criou o termo para caracterizar aqueles que não vivem sem as mídias digitais, sociais e estão conectados “automaticamente”. Diferentemente das outras gerações, a geração C não tem idade – pode ter de 10 a 60 anos. Compartilhar, criar conexões e conteúdos e consumir são as marcas registradas dessa geração. Conhecimento é o que mais importa; têm suas opiniões formadas e buscam informações onde confiam.
Com todas essas mudanças, as empresas, a mídia e a publicidade precisam estar atentas e também conectadas. Na hora de vender uma marca e/ou produto, é preciso considerar o que os consumidores querem: inovação. Os conteúdos precisam ser relevantes, úteis, divertidos e darem abertura para a interação dos consumidores. Mais do que isso, as estratégias de marketing hoje precisam pensar não somente em uma campanha espetacular, mas em como o público vai reagir, interagir e repassar o seu conteúdo.
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